Pouco se sabe sobre os deuses celtas, muitas vezes nem como eles eram realmente nomeados. Entre eles, os pesquisadores conhecem deusas que regem os fenômenos naturais, como Tailtiu e Macha; Epona, deusa relacionada aos cavalos; Goibiniu, o produtor de cerveja; Tan Hill, equivalente céltico da entidade ligada ao Fogo; Cernunnos, Slough Feg ou Cornífero, versão latinizada, é um dos mais antigos, mas dele se ignora a história. Há também formas diversificadas da mesma divindade, dependendo da região onde ela é venerada.
É crença comum que os celtas adoravam suas divindades apenas ao ar livre, mas comprovou-se recentemente, através de escavações arqueológicas, que eles tinham sim o hábito de edificar templos, e depois da invasão de Roma, passou-se a encontrar edifícios sagrados com características celto-romanas.
No princípio, porém, os celtas realmente se limitavam a adorar seus deuses em altares construídos em bosques. Eles inclusive elegiam determinadas árvores como seres divinos. É notório o destaque concedido pelos celtas a estes elementos da Natureza, que inclusive emprestavam seus nomes sagrados ás tribos célticas e a personagens dos mitos irlandeses – Mac Cuillin, ‘filho de acebo’. Só posteriormente, com a inspiração romana, eles iniciaram a edificação de templos, costume legado aos germânicos, que os sucederam e os superaram nesta arte. Pelas pesquisas já realizadas, conclui-se hoje que os sacrifícios humanos, tão comumente atribuídos a estes povos, eram muito raramente praticados.
Para concluir, não se pode esquecer da importância dos druidas, categoria hereditária de xamãs – sacerdotes ou feiticeiros que detinham o poder da cura -, comum em todas as sociedades indo-européias da Antiguidade. Assim, eram amplamente habilitados ao exercício da magia, dos sacrifícios e das adivinhações. Podem-se encontrar muitos elementos da cultura céltica e dos druidas na obra “As Brumas de Avalon”, de Marion Zimmer Bradley.
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