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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


Muiraquitã ou Muiraquitá, Murakitã, Tuxáua-ita (Tupi), Ninací (Tucanos)De todos os amuletos indígenas, esse parece ser um dos mais conceituados e investido de enorme poder. Pensava-se antigamente que os delicados pingentes fossem jóias orientais - provavelmente chineses -, pois eram desconhecidas na região, jazidas de Jadeíta, material onde se esculpiam os pequenos e preciosos ídolos zoomorfos.

A forma mais conhecida desses amuletos líticos é a de uma pequena rã, mas também pode ser encontrado sob a aparência de uma tartaruga ou outro bicho. Entretanto é interessante observar que o Muiraquitã está sempre zoomorficamente relacionado com a água, sendo que a rãzinha ou perereca, na crença indígena, é a causadora das chuvas; guardiã das águas pluviais.



Apesar de batraquiformes, esses amuletos se assemelham bastante com a genitália masculina, remetendo-nos novamente as propriedades fertilizantes e fecundantes das águas, e traçando um paralelo entre elas e o falo ereto.

Tais jóias funcionavam como um salvo-conduto para que os guerreiros que mantinham relações sexuais com as Amazonas, pudessem entrar e sair da aldeia delas sem serem molestados. Segundo a lenda, as famosas mulheres guerreiras mergulhavam no lago Jamundá - espelho da Lua - para apanharem as pedras verdes, que já vinham na forma do animal.

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